terça-feira, 27 de novembro de 2007

constitutio

Nós exigimos um dever.
Não mais caminhamos pelo lugar comum da nossa sociedade que é a exigência de um direito.
Exigimos um dever de discutir, um dever de apresentar ao mundo que nos rodeia o nosso pensar. Por muito tempo obrigamo-nos a nós próprios desaparecer por entre uma turba anónima, que nos deu o direito a pensar somente de acordo com ela.
Nós não escolhemos mais o caminho mais fácil.
Não somos um grupo de elites. Nada no nosso discurso está condicionado a proibir ou a condicionar leituras. Se não aceitamos a participação de todos na autoria de textos é por querermos manter a nossa heterogeneidade, pois nós, os autores, não somos uma massa anónima mais. Passámos a fazer parte de nós mesmos, e dentro de nós passámos a extrair as nossas opiniões de forma clara e correcta.

Isto não é um café!

Qualquer aluno do 1º ano de Direito e Criminologia da Faculdade de Direito do Porto é bem vindo a comentar, a apresentar uma proposta aos autores para ter o privilégio de aqui escrever textos. Os outros, também.

Respublica est consensus iuris et communio utilitatis

A República é consenso jurídico e bem comum - Marco Túlio Cícero

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Abertura da Sessão

No decorrer de uma acção jurídica na fila da cantina, enquanto se discutia a ementa como violação do direito absoluto ou do direito potestativo, decidiu-se, por unanimidade, formar um júri amestrado cultural e cientificamente para o caso, investigando tanto a vida dos arguidos como os seus ideais, fantasias e segredos obscuros, tal e qual um quarto poder disfarçado de quinto.

Deliberando acerca da designação ideal para o grupo secreto, chegou-se à conclusão, durante uma nobre conversa, que ali, aqui e acolá, HÁ DISCUSSÃO. Sim, porque entre réus, tribunais, sentenças, cadeiras, martelinhos, ET’s que violam as avós em cuecas, o Senado e o Sinédrio, algo em comum se verifica: a porfia.

Decidida a questão, o bando dispersou por entre os alimentos e não mais abriu a boca para proferir palavras dignas de reprodução.

Uma vez terminado o momento de antena, resignaram-se à sua nulidade anónima e aguardam novo ajuntamento (às sextas-feiras, das 11horas às 13horas), porque a todo o momento, em qualquer situação, bizarra ou não, HÁ discussão.