sábado, 12 de abril de 2008

sonhos reprimidos

Gostava muito de, um dia destes, mostrar aos meus amigos o que é ser de Direita, Ver um partido político de Direita e verdadeiramente dizer-lhes "ora aí está, minha gente, isto é a medida de um partido de Direita europeia, vêem? não é nenhum populismo desenfreado, nem um elitismo vergonhoso, é uma medida de Direita, percebem?" mas, infelizmente, só o acto de pensar isto e viver em Portugal é, simultaneamente, uma Utopia. Mas uma Utopia que me faz passar vergonhas terríveis ao lado de pessoas que me respeitam e as quais eu admiro muito e gosto de me dar, e agradeço que tenham por enquanto permitido a minha entrada no seu círculo de amigos e tertúlias intelectuais (se não é presunçoso chamá-las assim, porque do sentido negativo de intelectual que se pode tirar não têm nada) que de vez em quando tenho o prazer de participar.

A pérola que vos selecciono hoje é um texto de um "autor de Direita" que sente o mesmo que eu.

peço-vos que leiam com atenção:

(só para avisar, um dos títulos supostos seria "A Direita Que Já Não É Direita E Quer Ser Esquerda Mas Não Tem Jeito Nenhum")

Numa altura em que o PSD está no estado de todos conhecido, pode parecer estranho o facto de ninguém falar do CDS. De facto, no momento em que a liderança do PSD se recusa a ser vista como a de um partido de direita o CDS decide também embarcar para essa terra prometida que parece ser a esquerda. Desde a proposta meio soviética de pôr o Estado a controlar a forma como as empresas formam os preços, passando pelo apoio às manifestações dos sindicatos e pela maneira envergonhada que (não) fala da necessidade de uma mudança radical na legislação laboral (acabo de ver uma actuação confrangedora de Telmo Correia na Sic N), o CDS demitiu-se de ser um partido de direita e com propostas de direita e voltou a ser o partido dos tiques populistas e das graçolas de Paulo Portas.

eu espero que continuem a gostar de mim

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