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sábado, 19 de abril de 2008

quem é a oposição?

Passados 4 anos de autoritarismo, de atropelos às liberdades individuais, de confusões injustificadas e casos de corrupção flagrantes, de privatizações danosas, de intervencionismos grotescos, de atrasos, adiamentos, aditamentos, de reformas insignificantes, de reformas que mais cedo ou mais tarde vão fazer um efeito boomerang assustador, que destino há para Portugal?
Num país onde as instituições democráticas são ainda insuficientemente credíveis, onde a própria república parece ser feita em moldes de oligarquia e onde a maioria da população está afastada da política, onde os cidadãos têm de escolher os políticos em vez de serem os políticos a fazer com que os cidadãos os escolham, onde há dezenas, senão centenas de partidos, e no entanto pouquíssimas opções, onde tudo sabe a fantochada e manipulação, qual é o futuro de Portugal?
Onde estão as verdadeiras políticas? Onde estão as verdadeiras discussões? Onde está o verdadeiro reaccionarismo, a verdadeira discussão?
Quando se irá discutir políticas económicas constantes? Para quando a próxima revisão constitucional, que parece que já está para vir? E que assuntos serão discutidos então?
O que é que nos falta? O que é que temos a mais? Como reduzir a burocracia, melhorar as condições das cidades, aumentar a tolerância da sociedade e como atrair força criativa?

Não existe em Portugal formas de lutar contra o poder instituido. As formas de protesto popular estão politizadas, e vêm na forma da eleição dos tiranetes aos quais somos submetidos a escolher. A Esquerda, ou está ultrapassada, ou não chega ao Povo. A Direita não existe.
O PCP de Jerónimo de Sousa, após uma fantástica revitalização durante as eleições presidenciais, cai de novo na sua maresia enfadonha, repetindo infinitamente os mesmos discursos, monopolizando a reacção sindical, monopolizando o protesto laborial, contribuindo par a criação de forças mortas dentro da economia portuguesa.
O Bloco de Esquerda continua a ser várias coisas. Ora proclama-se como a força a Esquerda Europeia e esconde o facto de estar ligada a organizações de extrema-esquerda violentas, ou fecha-se em copas e mantém o diálogo revolucionário caduco do partido anteriormente referido.
O Partido Socialista adormeceu. Leva-se por Sócrates, e para o ano já tem certinhos mais uns lugares na Assembleia.
O PSD já não sabe se há-de virar à esquerda ou à direita. Deixa-se levar por condicionamentos sociais. Os meninos ricos, fartos da política, e os meninos pobres, com vontade de entrar. Estes últimos, tocados pelo populismo, querem uma viragem à direita, mas a uma direita francesa, ao espelho de Sarkozy, uma direita que catalise forças de esquerda e direita. Infelizmente, nem o calibre para tal têm, nem o próprio país consegue aceitar a existência de sindicatos de Direita, uma realidade tão normal na Europa, tão impensável para o carimbo português. Ainda por cima, os meninos ricos, que nem querem virar à direita nem à esquerda, minam todos os seus passos. Assim, os meninos pobres largaram a presidência do partido, e agora os meninos ricos vão ter de pensar à última da hora num plano. Para mim, uma jogada de mestre dos meninos pobres.
O CDS já não é nada. É o PP. Já não é o partido de direita de homens grandes da democracia, como Nuno Abecassis ou Adriano Moreira, conhecido nosso (autor de muitos livros de Direito), é o partido do Populismo, da idiotice, da procura por um espaço fora da Assembleia.

Eu não digo que Portugal precise de um Sarkozy. Talvez precise mais de uma Thatcher. Mas há que ter atenção a uma tendência que se forma e é perigosíssima. Os portugueses começam a perder o controlo sobre o seu País, perdem-no para elites cada vez mais omnipotentes.
Todos sabem quem será o vencedor destas eleições. O problema é o seguinte: será isto democracia?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

auto da perfídia

Esta é a foto que está a pôr nervos em franja por todo o EUA.
Nela aparece Barack Obama, candidato democrata, vestido "à muçulmana" durante a sua viagem ao Quénia. Diz-se que a foto, revelada por apoiantes da campanha de Hillary Clinton, vem retirar a Obama a confiança do eleitorado americano mais conservador.
Eu até acho que pode ser uma jogada de Obama para se mostrar ao eleitorado americano como o paladino da igualdade e da fraternidade entre religiões e povos, visto que este já várias vezes se mostrou "tendencialmente simpatizante", nos moldes do politicamente correcto, do catolicismo.
De qualquer forma, a foto só vem aumentar a admiração que tenho pelo candidato. Pelo menos na política europeia, por cá consideramos bom sinal um político que seja respeitador da pluralidade e do indivíduo enquanto ser capaz de escolher, não se remetendo à vontade da maioria populacional.
Se na América é diferente, peço ao senhor Obama que mude a nacionalidade e se candidate a primeiro ministro por cá, que se precisa urgentemente de gente despretensiosa, e que lá ele não está a fazer nada.
Caso os apoiantes de Hillary tenham sido os culpados pela divulgação da foto, penso que o tiro lhes saiu pela culatra.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Numa frase

"O problema dos americanos é que quando vão votar só podem escolher entre a Pepsi ou a Coca Cola".
Woody Allen

Pois é.