Eram seis como se fossem pessoas sem mãos que se dessem.
Eram seis e cada uma podia dar um livro inteiro, com tantos pontos e linhas e frases e pensamentos gigantes. Cada um como se fosse histericamente um génio dentro de um cérebro que, na realidade, eram milhões de génios dentro dele. Com milhões de neurónios que nunca paravam, com uma personalidade fixa, daquelas que mudam de minuto para minuto por não conseguirem parar e sossegar.
O Dylan a saltar para vagões de comboio, o jovem de nariz empinado, o actor divorciado, o novo-pastor, o cantor génio que quase desilude e o que quer assentar e quase é apanhado pelos diabos do passado.
Tantos Dylans que nunca o eram, com nomes, caras, sexos e cenários totalmente diferentes, que se uniam pela banda sonora e só no final se unem na vida também.
É um filme muito bom, com um conceito também ele um tanto esquizofrénico.
E só assim poderia ser, mesmo que ele não estivesse ali.
I’m not there, de Todd Haynes.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
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2 comentários:
eu gostei da parte em que aparecem os Beatles... verdadeiramente genial.
que cena mais lírica
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