terça-feira, 12 de agosto de 2008

georgia


O Chefe de Estado da Geórgia dirigiu-se à sua nação.
A Polónia, a Letónia e a Estónia já se pronunciaram sobre o assunto.

A UE cala-se, como sempre.

Por muitas desavenças e divergências de opiniões entre os autores deste blogue, penso que é um valor comum a luta contra as acções imperialistas de países mais fortes, acções essas desmesuradas e belicistas.

Para quando uma intervenção internacional séria?

6 comentários:

Ary disse...

Valerá a pena uma acção internacional? Não levaria isso à escalada da violência? Aquilo a que tu chamas cobardia ou hipocrisia não será bom senso? Eu acho que sim ...

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

escala de violência?
depende, se for uma força de manutenção de paz, que se abstiver de disparar sobre soldados russos ou invadir moscovo em retaliação, não há muito espaço para escaladas.
não me parece muito justo isolar este caso e fazer disto o resolver de um assunto que concerne somente à geórgia e à rússia.
acho que há que ter reservas de intervencionismo nesta questão, no entanto.
e não, não acho bom senso a cobardia da política europeia. acho que nos limitamos a participar na mudança da grande esfera das grandes decisões políticas, que está cada vez mais fora do nosso continente.

TR disse...

A indiferença


Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Bertolt Brecht

Tenho medo que bom senso leve a isto.

Unknown disse...

Tiago,

eu também gosto muito de citar esse texto. Mas não podemos explodir cada vez que algum país com quem temos relações que queremos manter faz asneiras. Não podemos andar aí à procura de duelos ou não teremos forças para lutar noutros. Este princípio de oportunidade, que se junta à proporcionalidade, pode não ser muito bonito, mas é a praticabilidade das soluções.

Deveriamos nós invadir os EUA por causa de Guantanamo? Em teoria talvez, na prática, claro que não.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

a forma com eu vejo isto, oceanos, ultrapassa apenas o jogo de relações e as asneiras que os nossos amigos poderão fazer.
o facto é que as antigas repúblicas soviéticas têm vindo a abrir-se ao ocidente, à políticas orientadas para o mercado, para a democracia, etc.
este leve afastamento da rússia pode ter sido muito afectado agora.
quem mais podemos esperar para se submeter à rússia?
a estónia? a polónia?

TR disse...

é exactamente isso. Concordo inteiramente com o manel.

A russia passar a ser uma potencia regional com vocação expansionista é muito, muito grave. Já chega à europa a famigerada dependencia energetica da gazprom.