terça-feira, 27 de maio de 2008

A gota de água

Bush afirma que a América «é a última grande esperança para a Humanidade».

Mussolini, Hitler e todos os nacionalistas brutos, xenófobos e racistas disseram coisas como estas.

8 comentários:

ASL disse...

Consolo: daqui por menos de 8 meses já terá tomado posso um novo Presidente!

Nelson Rocha disse...

O problema não se resume ao presidente. O problema surge quando diz muitas vezes: “- É um problema de segurança nacional!” Quando se suprimem liberdades com esse pressuposto, aí está o verdadeiro problema.
E assim se justifica a prisão de Guantánamo, reparem até se muda a terminologia com que denominam os prisioneiros para se fugir à convenção de Genebra, e bem a base em Cuba é simplesmente brilhante para fugir aos problemas com a constituição Americana. Ora um novo Presidente irá mudar isso?
Na minha opinião o verdadeiro poder está escondido na NSA e na CIA.Um governo fantasma é sempre um governo fantasma.
Teorias da conspiração? Somente?

Nelson Rocha disse...

Quanto ao que o Bush disse, bem as coisas são nem preto nem branco. Nenhum país se apresenta como um pólo civilizacional nesta era caracterizada pela globalização. Esse pensamento está ultrapassado.

A esperança, o futuro está em todos nós, qual país sem fronteiras. Quando um dia, talvez ameaçados por algo superior a nós mesmos, nós humanos consigamos perceber que estas querelas não levam nada e as nossas diferenças e guerras religiosas, territoriais não levam a nada.

O futuro está "no mundo" em "nós". Não nesta hipócrita comunidade internacional que temos agora.

Os EUA FORAM um exemplo, talvez um ESBOÇO para algo mais, algo "supra".

Como disse alguém: - "There is hope? Ofc there is hope, cuz we r the hope!"

ASL disse...

Um novo presidente talvez não mude tudo, mas a prova de que o próximo pode mudar alguma coisa é o facto de que quando Bush passou a chefiar a Administração americana, em 2001, as coisas mudaram! Houve uma mudança substancial da política externa norte-americana, o que teve consequências, naturalmente, a nível mundial.

E permito-me pegar neste ponto para contrariar o que o Nelson Rocha escreveu sobre a globalização. Naturalmente que a globalização tende a dirimir os "pólos civilizacionais" e a acentuar uma standardização do mundo. No entanto, aquilo que é "globalizado" tem de ter um ponto de partida, e parece-me que os EUA ainda são um desses pontos de partida. Devo dizer, inclusivamente, que pessoalmente entendo que haverá sempre um ou outro "pólo civilizacional", porquanto haja países substancialmente mais "desenvolvidos" do que outros. Mas enfim, é apenas uma reflexão pessoal...

Nelson Rocha disse...

Desse prisma tens toda a razão. De facto num “mundo global” existe sempre uns países que influenciam mais os outros. No entanto se reparar o factor económico desse país destaca-se em relação ao cultural. Por exemplo não se lêem assim tantos livros de autores norte – americanos como se comem hambúrgueres.
Numa perspectiva económica os EUA as empresas americanas e os seus produtos invadem-nos. Dirás tu que a maré e tão forte que esses produtos se tornam marca na nossa cultura. Aí deixo ao critério de cada um.
Não pretendo criar aqui uma doutrina, talvez seja somente a minha aversão a alguns aspectos dos EUA a falarem mais alto. Nesta recusa em deixar-me ser aculturado pelos EUA. Ou pelo menos tento evitar. (Gosto de hambúrgueres)
Quanto ao que eu disse no comentário acerca do pólo civilizacional ser uma teoria ultrapassada em parte continuo a defendê-lo porque num mundo global as influência são muito pendulares, no fim, nunca se sabe quem influenciou quem e como. Mesmo os EUA recebem constantemente novos factores culturais, de facto eles são uma “mistela” cultural, de facto como “diz” a estátua da liberdade – “"Give me your tired, your poor, Your huddled masses yearning to breathe free, The wretched refuse of your teeming shore. Send these, the homeless, tempest-tost to me, I lift my lamp beside the golden door!"
A verdade é que neste momento não existe maneira de dizer que

Nelson Rocha disse...

Errata

a verdade é que neste momento não há forma de dizer quem é quem.*

Francisco disse...

Nelson,

Como te disse em conversa particular, discordo absolutamente no que toca à suposta pouco lida literatura americana. Além de lida compulsivamente, tem obras de uma grandeza incomensurável. Autores assombrosos. Creio que nem preciso de citar autores. É evidente que também há literatura americana de pouca ou nenhuma qualidade. Como em qualquer país. Como em qualquer arte.
Concordo no entanto contigo quanto à ideia "globalização", tão aclamada nos dias de hoje. Primeiro porque ela não existe; quando mais de metade do mundo vive em extrema pobreza eu não consigo ver nenhum efeito globalizador.
Tenho uma opinião muito própria sobre a dita "globalização" nos países desenvolvidos: é globalizado quem quer e no que quer! E isso não tem necessariamente uma conotação boa ou má.

Um abraço

Nelson Rocha disse...

Quanto à literatura, eu nunca disse que era globalmente má. Como quem me conhece sabe que vivo compulsivamente quase tudo e de facto sou um leitor assíduo de leitura americana. Ora simplesmente, e como discutimos em conversa particular fiz uma comparação generalista dotada de certa leviandade. Não pretendo desacreditar os autores Norte - Americanos nem algo que se pareça.

Simplesmente transmiti uma realidade que no nosso país sucede. Comem-se mais hambúrgueres do que se lê. Mas isso não propriamente um problema dos autores é mais um problema cultural deste nosso país.


1 - Não desacreditei os autores Norte - Americanos.

2 - Sim, fiz uma comparação generalista censurável, mas somente pretendia demonstrar que o sector económica era bem mais destacável que o cultural neste momento de globalização.

3 - Não disse de quem era a culpa de lermos pouco.

4- Provavelmente nossa, porque "marias" e "bolas" lêem-se muitas.



Abraço