Foi com um sorriso irónico que me deliciei com esta pequena crónica de Manuel António Pina publicada no Jornal de Notícias.
"A GALP está inconsolável. No primeiro trimestre deste ano teve menos 8.4% de lucros que no mesmo período do ano passado, e agora só está a ganhar 1.2 milhões de euros por dia. O que é isso comparada com mais 2 ou 3 cêntimos nos preços da gasolina e do gasóleo? Os portugueses sãos uns queixinhas. (...) A culpa da extrema pobreza da GALP (um dia destes haveremos de ver o dr. Ferreira de Oliveira e outros administradores da GALP a pedir à porta da igreja dos congregados) é o aumento do preço do petróleo. É certo que entre Dezembro de 2006 e Dezembro de 2007, o preço da gasolina aumentou em Portugal 11% e o do gasóleo 17.2%, enquanto o preço médio do petróleo em euros, subiu apenas um 1.5%. Mas a Galp tem muitas despesas; ainda há dias por exemplo, teve que comprar a Esso. Por isso, o dr Ferreira de Oliveira vê «com profunda tristeza a especulação incompetente». (Não a especulação financeira, que é, como se tem visto, particularmente competente a fazer subir preços, mas a dos consumidores que acusam a GALP e demais petrolíferas de cartelização, quando se sabe que os aumentos simultâneos dos preços de combustíveis são mera coincidência).
Por que não fazer um peditório nacional a favor da GALP?"
De: Manuel António Pina in Jornal de Notícias (22 de Maio 2008)
quinta-feira, 22 de maio de 2008
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3 comentários:
Caro Nelson Rocha, creio que devemos ter pena dos pobres.... de espírito.
Se concordar com o que exponho no texto Golpe na energia, por favor divulgue. Obrigado.
www.sociedadededebates.blogspot.com
muito bom nelson, muito bom.
cartelização é A Expressão!
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