quando o capitalismo aprende com o totalitarismo
Saber que a sociedade comercial Lidl, multinacional alemã do sector dos supermercados, espia regularmente os trabalhadores dos seus estabelecimentos na Alemanha e noutros países do leste europeu, detendo um conhecimento chocantemente pormenorizado (v.g. saber quem não paga as contas da TV cabo) das suas vidas pessoais constitui um facto susceptível de chocar qualquer consciência minimamente alertada para os direitos cívicos de cada indivíduo;
Que agora seja descoberto que a Deutsche Telecom (congénere germânica da "nossa" PT) tem vindo a recorrer sistematicamente à espionagem de trabalhadores, administradores, membros de sindicatos e jornalistas para "evitar fugas de informação" que possam debilitar a situação financeira da sociedade no mercado bolsista, não poderá deixar de igualmente nos impressionar;
Como não poderá deixar nos perturbar o facto de agora se saber que Deutsche Bahn, a "CP alemã", é suspeita de espiar a vida pessoal dos seus próprios gestores, recorrendo não raras vezes, e por exemplo, a escutas telefónicas naturalmente ilegais;
Imensamente mais alarmante, contudo, é saber que os três casos estão ligados entre si pela presença de uma empresa de "investigações secretas privadas" -a Network Deutschland - que utiliza o know-how dos seus membros: nada mais nada menos que ex-agentes da polícia política da Alemanha de Leste, a pouco recomendável STASI - Ministerium für Staatssicherheit.
As fontes das acusações estão no blog de onde o texto é originário.
sábado, 7 de junho de 2008
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2 comentários:
um ponto para o "grande olho" do "grande irmão".
Curiosamente, José António Saraiva afirma este fim de semana na "tabu" que o capitalismo é o único sistema económico promotor da igualdade entre as pessoas, um verdadeiro garante de liberdade.
Já conhecia a notícia mas, depois de a reler, só me apetece perguntar a J.A.S. :
Como é que disse?
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