Hoje, Hugo Chavéz e o Rei Juan Carlos de Espanha, fizeram as pazes num acontecimento diplomático que mereceu grandes destaques por parte das agências noticiárias. Supostamente os dois líderes estariam de relações cortadas desde o incidente na cimeira Ibero-Americana em Novembro de 2007, quando o monarca mandou calar o representante legítimo da Venezuela.
Na altura correu muita tinta e muito se discutiu por todo o lado sobre as consequências nas relações comerciais e diplomáticas entre os dois países. Contudo, e embora muitas especulações se tivessem feito, contribuindo para isso as ameaças de Chavéz, a verdade é que em diplomacia, outros valores se sobrepõe às meras inimizades pessoais. O encontro entre ambos não me surpreende de facto. Há já muito tempo que o jogo político mostrou funcionar um pouco como o jogo do berlinde: quem nos ganha merece sempre o nosso ódio durante alguns dias, mas depois, as crianças aprendem a perdoar e acabam por fazer alianças. Isto para o bem da comunidade internacional. Aliás, o próprio pressuposto do funcionamento da diplomacia presume a capacidade de engolir muitas opiniões e acontecimentos e de fechar os olhos a certas questões e assuntos. Daí que o gesto não surpreenda.
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2 comentários:
"quando o monarca mandou calar o representante legítimo da Venezuela"
mas porque é que mandou o "monarca" calar o "representante legítimo da Venezuela"?
não terá sido porque este pequeno ditador melomaniacozeco estava a manipular o debate e a falar fora de horas?
não será que este igualmente legítimo representante da Espanha não estava a defender a honra e dignidade de um outro legítimo representante do seu país, o Chefe de Executivo Zapatero?
cá por mim, eu até gostaria muito que o meu Chefe de estado, representante legítimo e constitucional de um Povo com instituições bem mais democráticas que a do Chavezito palrador o mandasse calar. infelizmente, nem os chefes de estado alguma vez terão tais tomates por cá, nem nós temos as intituições democráticas e a tradição democrática tão viva como na Espanha, como há quase 100 anos perdemos nós todo o tipo de hona e dignidade a defender.
quanto ao jogo diplomático...
por muito que a presença asquerosa de um ditador como Chávez enoje qualquer um, um representante legítimo e importado com o seu Povo como Juan Carlos tem de se submeter a esses infelizes jogos de berlinde, não só por interesses económicos, mas também no interesse da população espanhola na Venezuela
será que poderemos dizer que Chavéz é um ditador? ou será que temos apenas conceitos totalmente distintos de ditador? por mais que não goste das políticas de Chavéz, ou melhor, de algumas das suas medidas, não acho que ele possa ser considerado um ditador.
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