segunda-feira, 10 de março de 2008

Era isto que queriam?

A pedido de muitas famílias, e admito que me perdi 7 vezes a tentar contá-las, vou formalizar o meu 1º post!
Li no jornal há uns dias o seguinte título: "Menos unidades de pílulas vendidas em 2007."
Este é um daqueles títulos que uma pessoa pensa logo que está lá para encher o belo do jornal! È ÓBVIO que com o aumento de soluções para a gravidez indesejada o consumo do principal método desça. Isto indica também outra coisa, ou aborto, ou intervenção voluntária da gravidez como muitos chamam, está em riscos de banalização. Foi precisamente com a entrada em vigor da nova Lei do aborto que esta queda se acentuou. A banalização de que falo está a par da própria banalização da vida humana que se tem vindo a desbotar nos últimos tempos. Tendo um método que permite cortar o mal pela raiz, muito mais tarde, dá tranquilidade em demasia às mulheres portuguesas. Os números confirmam que o aborto teve um aumento na ordem dos milhares dando razão aos defensores do Não ao Aborto. Esta facilidade não ajuda as mulheres portuguesas nem respeita os Direitos Fundamentais do Homem. Hoje em dia ninguém pode dizer que ali (momento da concepção), não há vida humana.

14 comentários:

Sara Morgado disse...

Quanto mais abortos, menos pessoas.
Quando menos pessoas, melhor isto fica.

Por isso, o aborto é pró-evolução.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

looooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool.
apaixonei-me por esta mulher.

sarita, bora masé escrever algo mais produtivo. que nao involva chamar o rapaz de fascista, vai avisando o pessoal por aí em casa.

Francisco disse...

Não, João, decididamente não era "isto" que queríamos!!
Felizmente a ala esquerda deste blog está aqui para as curvas. :)
Com tempo, comentarei com pormenor este texto.

Um abraço

João de Brito e Faro disse...

Menos pessoas melhor isto fica?
Portugal tem das populações mais envelhecidas da Europa e queres diminuir definitivamente Taxa de Natalidade? :)do meu ponto de vista seria necessário fazer mesmo o contráio!

Cumprimentos :D

D. disse...

é verdade, eu mesma deixei de tomar as minhas harmonet para passar a fazer abortos. é bem mais fácil fazer um de que ter o trabalho de tomar uma pastilha todos os dias ou obrigar o meu parceiro a usar um preservativo.

D. disse...

ah, e claro, é bem mais catita jogar à roleta russa com esperma de vários parceiros sexuais do que me proteger xD

Joana Tinoco disse...

as pessoas a contra o aborto basiavam-se em numeros falsos..e muito mais interssante as mulheres irem a um sitio sem cuidados nenhuns fazer um aborto, e só com sorte e que saiem de la...e mais interssante os pais matarem os filhos pq nao tem dinheiro para os sustentar...e mais facil abandonar crianças em instituiçoes e aumentar o numero de futuros delinquentes...

é verdade as pessoas sao umas inconscientes e deixam de se prevenir so para poder abortar!(ironia)

nao podemos em falar em erro d alteraçao de lei...devems sim defender a educaçao sexual, porque nunca e demais alertar para os riscos de uma gavidez indesejavel ou mesmo dos riscos das doenças sexualmente transmissiveis!!

Sara Morgado disse...

Manel, casamo-nos logo :)

Eu não chamei ninguém de fascista. Mas que há discussão, há.

João de Brito e Faro disse...

Esse o Objectivo. Afinal aqui há discussão! Os do SIM dizem que os do Não têm números falsos, e vice-versa!
De facto, a Educação Sexual tem de ser uma aposta forte e concreta por parte do Governo.
As mulheres queixam se de falta de apoios, por parte de instituições...se soubessem a quantidade de Associações que apoiam as mulheres que, estando grávidas, não têm meios económicos para sustentar os filhos. Eu acho que dar uma Criança a Adopção e muito melhor que matá la.

Cumprimentos :D

D. disse...

é por isso que se chama aborto e é praticado em fetos e não homicídio, que é praticado em seres humanos formados e plenos de capacidades.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

não se gosto muito da forma como vês o problema daniela...

pessoalmente, acho que o aborto é uma escolha moral, acima de tudo. por isso votaria sim. lamento muito, no entanto, que tão grandes sejam os números, se é que o são, porque já vi de todo o tipo de estatísticas.
é tudo uma questão de educação, talvez de princípio também.
de qualquer forma, há discussão.

João de Brito e Faro disse...

Daniela,

Fico bastante surpreenido com o ódio que vota aos seres humanos que ainda não nasceram. Então não é que defende que matar é homicídio só para os homens formados e de plena capacidade? Mas eu respondo a esta pergunta: tu tens essa posição porque pensas que morrer um homem em plenas capacidades, é uma perda para a Sociedade enquanto que morrer um bebé, não é uma perda, presumivelmente porque não é produtivo e não melhora o PIB... Não achas que é uma visão demasiado economicista? Só para te lembrar, muitos deficientes não têm plenas capacidades e são pessoas. E mesmo que não te importe a morte dos deficientes, lembro-me de um que até é bastante mais produtivo do que tu, Daniela: Stephen Hawking. Para acabar este pequeno comentário, lembro que a Ciência já provou que a vida começa na concepção pelo que qualquer interrupção da gravidez é a morte de um SER HUMANO que, apesar de não ter todas as capacidades que enuncias, vai ganhá-las com o seu crescimento e processo de socialização pois, nem tu, Daniela, quando eras criança, sabias o que sabes hoje nem tinhas a mesma formação que tens hoje. Se não formos compreensivos nem pacientes com o crescimento demorado das crianças (como certamente muitos o foram contigo, Daniela), nunca mais há crianças, nem se desenvolverão correctamente em termos de raciocínio, caso ninguém se dedique a elas. Só mesmo para acabar, quando referes que só é homicídio matar homens formados, esqueces-te de que também podes ser abortada porque ainda não acabaste o Curso...?

D. disse...

primeiro, eu não disse nunca que era correcto matar deficientes ou algo do género, nem distingo aborto e homicídio apenas por razões económicas, até porque quem me conhece sabe que eu não gosto particularmente da forma como a economia trata as pessoas.
segundo, uma pessoa no primeiro ano de faculdade é uma pessoa, não um ser humano em potencialidade, esse argumento que usas é um daqueles que me fazem rir dos senhores do "não" na altura do referendo. é demasiado populista.
e o meu comentário é o reflexo de quem já está farta de aglomerados de pessoas que se preocupam demasiado com fetos que ainda não nasceram, do que com crianças e seres humanos que estão vivos e têm dor e são deixados a morrer à fome e na solidão, porque não é tão bonitinho defender aqueles que já cá estão. sinceramente, antes ser abortado do que abandonado num caixote do lixo, digo eu.

ASL disse...

A questão não fica resolvida por em vez de ser deitado num caixote do lixo for abortado.

Eu não me satisfaço com uma solução dessas. Nem se satisfaz, penso eu. E, como explico num comentário ao post de 16 Março (para quem tiver paciência e disponibilidade de ler), esse é um grande problema do Sim: a desistência em lutar por um maior apoio aos mais fracos.

Sim, porque se ao longo destes anos todos os partidários do Sim só apareceram para fazer campanha e os do Não andam e andaram fortemente empenhados em associações e organizações que acolhem crianças e apoiam mulheres jovens grávidas, não tendo o Estado dado o menor contributo, não me parece que vá ser agora que o vá fazer... Numa altura "Morangos com Açúcar", parece-me perigosíssimo o precedente do Sim.