sábado, 15 de março de 2008

Reminiscências

Viva!
Venho aqui pronunciar-me sobre o primeiro post do João.
Confesso que estou um pouco desiludido. Depois de andarmos aqui a batalhar sobre a suposta direita "esclarecida, moderna e plural", o João traz-nos aqui um exemplar brilhante da direita pobre, retrógada, beata e com umas palas enormes de cada lado da confusa cabeça que continua infelizmente a subsistir. Especialmente em Portugal. A estes simpáticos adjectivos por mim utilizados, o discurso João pauta ainda por uma confrangedora demagogia. Dei várias voltas desconfortáveis e envergonhadas na cadeira enquanto lia pérolas como esta: "Os números confirmam que o aborto teve um aumento na ordem dos milhares dando razão aos defensores do Não ao Aborto. Esta facilidade não ajuda as mulheres portuguesas nem respeita os Direitos Fundamentais do Homem. Hoje em dia ninguém pode dizer que ali (momento da concepção), não há vida humana". Pior do que esta demagogia e deste moralismo fácil asqueroso, o João serve-se ainda de dados que não existem. "Para acabar este pequeno comentário, lembro que a Ciência já provou que a vida começa na concepção (...)", diz o João. Pois João, gostava que me dissesses e apresentasses esta "Ciência". Porque ela só deve existir na tua cabeça. O começo da vida humana é uma questão sem resposta unânime. Nunca houve essa resposta e, arrisco, nunca haverá. Muitos concordam com as tuas palavras, muitos outros discordam em absoluto. Por isso, a "Ciência" não "provou" absolutamente nada. Nada. Porque não é possível provar factos que nem o próprio homem conhece na sua totalidade. Nem um homem de ciências, nem muito menos tu, João. Cuidado pois com as "provas". Quando referidas como tu o fizeste, levam a que se caia, pura e simplesmente, na mentira. E mentir não é discutir.
Quanto ao texto do João, pouco mais tenho a dizer. Tenho pena, porque esperava um pouco mais. Então a tua resposta para a Daniela, João, é francamente... triste. Só isso. Triste.
Relativamente à questão propriamente dita, a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), lembro-me que aquando do referendo, recebi um daqueles emails. Tinha lá a ementa toda: imagens chocantes, sensacionalismos pseudo-comoventes, gritos de guerra ternurentos e claro, como não poderia deixar de ser, o bom espírito cristão. Numa primeira leitura, a intenção foi apagá-lo imediatamente. Mas a indignação que me causou perante tanta leviandade e moralismo, levou-me a escrever um email de resposta. Por me continuar a revêr em tudo o que escrevi (à excepção de algumas tiradas menos maduras e mais revoltadas ), aqui fica o email e a minha opinião:

Confesso que, numa primeira visita à minha caixa de correio, assim que abri o email que despoletou este saudável debate, a minha atenção se centrou pouco mais do que nos primeiros 3 ou 4 diapositivos do trabalho heroicamente elaborado pelo Sr. Deputado do PS. Todavia, o facto de, por esquecimento, não o ter apagado imediatamente e ainda por este ter suscitado dois interessantes comentários que felizmente chegaram novamente à minha caixa de correio, fez com que, pacientemente, analisasse do princípio ao fim o citado trabalho. Em primeiríssimo lugar, gostaria de dizer que emails deste tipo, não obrigado. Se, seja quem for, procurar, ao mandar-me um email, dar-me a conhecer um assunto sobre o qual se interessa e acha que deve partilhar comigo, tudo bem; diferente é circularem emails propagandísticos, sensacionalistas e vazios de intelecto de relevo. Debate sim, propaganda não. Seguidamente, queria só deixar uma pequena nota sobre o trabalho propriamente dito: para a próxima, aconselho o Sr. Deputado a fazê-lo num programa bem mais simples, tipo Word ou coisa assim, e explico porquê. Como deve ser comum a vocês todos, abundam nas caixas de correio por todo este mundo, estas apresentações em powerpoint que normalmente abordam temas como a sexualidade, o Zodíaco, amizades "verdadeiras" e por aí fora. Ora este tipo de temas já conotaram o Powerpoint como um programa para isso mesmo: temas de tanga. Treta e mais treta. A minha opinião passa pois por sugerir a todos os iluminados que, num surto misto de inspiração e filantropia, se lembraram de defender grandes causas, que o exprimam numa base mais simples e menos negativamente conotada. Experimentem o já por mim citado Word ou, arrisco-me mesmo a sugerir, o bloco de notas (ovelha negra do Windows).
Visto isto, passemos então à questão que me levou a perder uns minutos neste email. O trabalho do Sr. Deputado Cláudio Anaia prima, antes de mais, por vários aspectos que saltam à vista de qualquer um: a ausência de fontes (referido pelo Pedro Magalhães, que não conheço mas desde já saúdo), a demagogia barata e fácil e a incrível capacidade demonstrada ao longo de toda a exposição de nos tentar "vender" algo. Mais do que uma transmissão de ideias, pensamentos ou reflexões, todo o trabalho é feita numa lógica de marketing ao melhor estilo liberal: não interessa o que o leitor pensa; é-nos dado uma série de afirmações fortes e quase que irrefutáveis que nos levam quase a que, desesperadamente, só queiramos sair do email e ir a correr para as urnas meter um "NÃO" no referendo, o que, analogamente, podemos comparar a uma ida a uma sapataria em que compramos as botas só para nos vermos livre da empregada que nos está a atender. A análise e defesa de algo não passa necessariamente por impressionar ou chocar; quanto menor o uso dessa técnica, maior será o lucro em termos de transmissão da ideia de que se é apologista. É repugnante como uma questão moral, ética e humana que diz respeito a todos nós, possa ser tratada e passada como um qualquer produto de mercado que, como qualquer outro, precisa de ser publicitado e promovido. É triste mas é assim.
O referendo que se vai realizar sobre o aborto tem sido, desde o seu anúncio, distorcido pela maioria da opinião pública e, quase na sua totalidade, pelos defensores do "NÃO". O que se está a referendar não é o aborto, meus senhores, não é a questão se se pode ou deve abortar; o que se está a referendar é somente a crimininalização ou não das mulheres que abortam. E isso são duas coisas completamente distintas. A demagogia e a distorção de que falei aplicam-se pois ao que tem sido desenvolvido pelas campanhas do "NÃO": chamam a comunicação social, formam novos movimentos pró-vida e dizem que não se pode "matar" um bebé, quando não é NADA DISSO que vai ser votado pela população portuguesa por via da sua soberania democrática. O aborto já é possível no nosso país (como indicou Cláudio Anaia) e cabe-nos a nós decidir se uma mulher deve ou não ser julgada, e mais do que julgada, humilhada e vexada em público, por uma decisão que diz tudo menos respeito ao Estado, ao aparelho judicial e à praça pública. A minha opinião quanto a esta questão é a de que, num Estado de Direito democrático que consagra a PLENA igualdade de direitos a todos os indivíduos SEM EXCEPÇÃO, cabe unicamente à mulher e ao seu companheiro, a decisão sobre o rumo a dar a uma nova semente. Sobre se é ou não um ser humano, não me vou alongar sobre essa matéria pois considero ridículos os argumentos demagogos e bacocos utilizados pela maioria das secções mais conservadoras, nomeadamente aquelas que são as primeiras a defender a pena de morte e outro tipo de medidas hostis à harmonia da humanidade como ela foi criada: como uma só. Não me debruçando sobre esse ponto, aponto um outro: é legítimo deixar um "ser humano" de 6 semanas ver a luz do dia e de seguida dar-lhe 60 anos passados no meio da merda?! No meio da miséria e do lixo?! É legítimo obrigar uma mulher a ter um filho sem lhe dar condições para tal?! É correcto defender que alguém tem direito à vida e depois marginalizá-lo, estereotipá-lo e deixá-lo à deriva neste mundo cão? É essa a vossa ética e a vossa moral?!?! É bonito parecer. Mas não chega. Há que ser e contribuir se é que se acredita em algo. Porque direito à vida não é como a merda de um direito comercial; NÃO É DÁ-LO E DEPOIS ESQUECER QUE SE DEU; TER DIREITO À VIDA É TER DIREITO À SAÚDE, A UMA ALIMENTAÇÃO DECENTE, A UMA FORMAÇÃO ENRIQUECEDORA E A UM TRATAMENTO IGUALITÁRIO.. ISSO É O DIREITO À VIDA! NÃO CONFUDAM COM UM REGISTO DE NASCIMENTO E UMA FESTA DE 2 MINUTOS NUMA MATERNIDADE QUANDO UM BEBÉ NASCE. SE QUEREM DE FACTO “REFLECTIR COM CONSCIÊNCIA”, COMO ESTÁ DEFINIDO NO “ASSUNTO” DO EMAIL DO SR. DEPUTADO, ENTAO FAÇAM-NO COM TRANSPARÊNCIA, SEM HIPOCRISIAS E DE MENTE ABERTA, SEM PALAS E PRECONCEITOS. Porque defendo e acredito na igualdade entre homens e mulheres, porque penso que ninguém tem o direito de interferir nas decisões que só dizem respeito a quem as suporta e, fundamentalmente porque sei que vivemos num mundo egoísta e hipócrita, sou pelo “SIM”.
Peço desculpa se me alonguei em demasiado neste texto, mas a convicção com que o escrevi é directamente proporcional à hipocrisia que reina hoje em dia.


Um abraço

7 comentários:

João de Brito e Faro disse...

Boa Noite,
Hoje não dormi nada, mas dá me tempo pa digerir o teu post, para mais tarde comentar!
Desde já digo te, que a experiência que tenho no ramo de ciências, pois eu vim de Ciências, há provas que dizem claramente que a vida humana começa na concpção!
Mas como disse, mais tarde comento!

Um abraço, e obrigado pela atenção ao tema! :

Pedro disse...

Boa noite,
É incrível que ainda hoje venha gente apresentar argumentos demagogos e vazios de conteúdo para defender a sua posição, seja ela sobre o que quer que seja, mas é asqueroso que alguém ainda consiga ter a coragem de a partir de um texto publicado num jornal, a partir de uma notícia corrigindo, fazer um post baseado em mentiras.
Caro Joao, a noticia que primeiramente te levou a escrever e que agora suscitou o post do Noronha, como tu a descerveste é falsa. E é-lo por uma razão apenas, NÃO EXISTE! a noticia de que falas naão existe nem nunca existiu. Permito-me relembrar-te que a notícia verdadeira (que tu não leste ou leste a pensar como a desvirtuares) fala de questo~es por ti não suscitadas e não comentadas por nenhum oputro colega. Fala em primeiro lugar, suportada em entrevistas de especialistas (médicos....) que não se pode retirar uma ilação entre a diminuição da venda de pílulas do dia seguinte e o aumento do número de abortos praticados. Acaba já aqui qualquer base que o teu post tivesse tido. Mas há ainda outras abordagens a fazer, nomeadamente coma pergunta: se o númro de vendas diminiui, como se explica que o lucro das farmácias tenha aumentado?, pois bem, o preço aumentou em não sei quantos %, as vendas diminuiram e os lucros aumentaram. e passo daqui para os critérios economicistas, claro que não aqueles de que falaste antes. Esses de que tu falas e com os quais atacas a daniela em primeiro lugar não existem, e acima de tudo é de uma total falta de respeito afirma´-la como uma pessoa que não respeita deficientes e que até os mataria.
E aqui vem uma parte que me deixou estupefacto, como é que passas de aborto para deficientes? Bem, foi como te disse já, indecente responderes á daniela como o fizeste.
É VERDADE DANIELA, NÃO ÉS NENuMA FACHA OU HITELERIANA!
Peço desculpa por me alongar pouco em defender a minha posição sobre a questão do referendo realizado, mas foi com plena intenção que o não fiz, bastando-me dizer que estou mais para o lado defendido pela Daniela e pelo Noronha.

Ai esta direita, ai esta direita portuguesa católica fanática!

Abraço

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

sobre tolerância.

há umas semanas, convidei o joão para escrever no blogue as opiniões que a sua cor política, a meu ver de direita conservadora, humanista, etc., porque como lhe disse é interessante haver diálogo.

o joão escreveu UM texto. 9 linhas em letra pequenina. e já obteve em resposta 15 comentários sobre assuntos por ele intimados, e umas boas centenas de linhas em resposta. já o chamaram de "da direita pobre, retrógada, beata e com umas palas enormes de cada lado da confusa cabeça" (pobre, beato e retrógrado); "gostava que me dissesses e apresentasses esta "Ciência". Porque ela só deve existir na tua cabeça" (esquizofrénico, porventura?); já mereceu uma menção honorífica de "Cuidado!" do Noronha, até agora só eu fui o sortudo premiado; de triste também; "demagogo e vazio" e também "asqueroso"; mentiroso com "fazer um post baseado em mentiras". áh, claro, populista, como toda a direita, porque a esquerda quando move massas é do povo, a direita quando o faz é populista.
Tiro-te o chapéu João, 9 linhas e todo este chinfrim... discordo da tua posição, mas tiro-te o chapéu.até depois.

Francisco disse...

João,

Depois do comentário do Manel, achei por bem esclarecer uma coisa. Eu não te insultei. Não te colei nenhum dos adjectivos que o Manel refere. Não te qualifiquei de pobre, retrógado, beato, asqueroso, etc etc. O Manel parece que quis incendiar um pouco as hostes. Talvez pelo blog andar tão morto. Mas que fique bem claro, João, eu não te apelidei com nennhum desses atributos. Uma coisa é insultar alguém; outra é criticar, do nosso ponto de vista, pensamentos e visões. E foi isso que eu fiz. Espero pois que compreendas e saibas separar as águas. Enfim, por mais que nos batalhemos árduamente, continuamos todos amigos.

Manel,

Depois de lêr o teu comentário, tentei fechar os olhos e esquecer o que escreveste. Enfim, para evitar a repetição de querelas passadas. Mas, desculpa, não consegui. Confesso que é mais forte do que eu.
Nunca pensei que fosse preciso explicar a um jovem inteligente como tu a diferença entre o insulto e a crítica. Mas também não vou ser eu que te vou explicar! Puseste-me palavras na boca que eu nunca pronunciei. Espero, pelo menos, que o João o consiga discernir.

Desde que soube do convite feito ao João, fui o primeiro a encorajar a sua participação! No entanto, como penso ser óbvio, encorajar e estimular não é o mesmo que concordar e aceitar. Por isso mesmo, acho de louvar a participação de mais um membro (até porque tem ideias muito próprias), o que no entanto não implica que não possa discordar em absoluto das suas opiniões. E manifestá-lo. Foi o que fiz.

Manel, lamento ainda que, em vez de te distanciares das ideias do João, - tu que dizes ser daquela direita iluminada - te sirvas da controvérsia aqui criada para me atacares de forma tão desonesta.
Já agora que falei na direira iluminada, aproveito para te perguntar: direita "humanista"? O que é? Delicio-me com estes atributos ternurentos...

Um abraço

Pedro disse...

Compra de pílulas do dia seguinte diminuiu no últimos meses de 2007
Por Vanessa Sousa - ljcc05083@icicom.up.pt
Publicado: 05.03.2008
Marcadores: Contraceptivos , Saúde
No segundo semestre de 2007 venderam-se menos sete mil caixas, uma quebra de 7% em comparação ao seis meses anteriores.

As mulheres têm recorrido menos à pílula do dia seguinte desde Julho do ano passado, altura em que foi despenalizada a interrupção voluntária da gravidez. De acordo com dados da consultora IMS Health, no último semestre de 2007 venderam-se menos sete mil embalagens do fármaco de emergência do que em 2006, o que indica que, pela primeira vez em Portugal, o consumo de pílula do dia seguinte diminuiu, contrariando a tendência dos últimos quatro anos.

Entre Janeiro e Julho de 2007 venderam-se 106.862 caixas. Por outro lado, entre Julho e Dezembro o número desceu para 99.846, uma descida de 7%, de acordo com os números da IMS Health.

Segundo o médico psiquiatra Luís Marques, fundador da Associação de Defesa e Apoio da Vida (ADAV) em Coimbra, pode não existir uma relação de causa-efeito entre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e a diminuição do consumo da pílula do dia seguinte, uma vez que “quem acha que não tem condições para manter a gravidez toma primeiro a pílula do dia seguinte e depois, se esta falhar, procura o aborto". "Estas duas abordagens não são mutuamente exclusivas. São exemplos da mesma mentalidade, passíveis de uso em momentos diferentes”, afirma o clínico em declarações ao JPN.

O médico refere também que estudos realizados noutros países indicam que “as mulheres que usam a pílula do dia seguinte são aquelas que maior probabilidade têm de vir a fazer um aborto”.

Descida insignificante
Sara Ferreira, interna da associação Médicos Pela Escolha afirma que "o facto de o aborto ter sido despenalizado pode fazer com que as mulheres não tenham medo de falar com os médicos", o que em parte pode explicar o decréscimo da venda da pílula. No entanto, "a descida é muito pequena" para serem retiradas conclusões.

Joana Almeida, psicóloga e terapeuta sexual, também da associação Médicos Pela Escolha diz que não é possível determinar em concreto as causas da diminuição do consumo da pílula do dia seguinte, uma vez que pela "diminuição da venda de caixas não se pode dizer se houve uma diminuição do uso", já que os dados numéricos não permitem "falar de muitos comportamentos de muitas pessoas". Para a psicóloga "seria preciso analisar caso a caso".

Em declarações ao JPN, a psicóloga refere, ainda, que no ano passado "fez-se muito alarido" por se achar que existe um consumo muito elevado de pílula do dia seguinte, mas que há "poucos estudos e os que há não são representativos de toda a população". Além disso, diz Joana Almeida, Portugal não tem "uma educação sexual implementada nas escolas" e que, para muitos, a "sexualidade é ainda um tabu".

Apenas como emergência
Sara Ferreira sublinha que a pílula do dia seguinte deve apenas ser utilizada "em caso de emergência". "Não deve ser utilizada todas as vezes que as pessoas têm relações sexuais não protegidas", uma vez que o uso abusivo "aumenta o risco de vasoconstrição e de cancro da mama". A interna dos Médicos Pela Escolha salienta ainda que "uma pílula do dia seguinte equivale a 15 normais".

"No geral, as pessoas não estão bem informadas. Tem de haver um esforço combinado e conjunto" porque há "vários mal-entendidos, falhas de informação", explica Sara Ferreira.

Luís Marques diz que é "sempre possível melhorar a informação e a formação das pessoas" e que "as mulheres precisam de conhecer as alternativas de apoio à gravidez, de receber o acompanhamento e o aconselhamento que lhes permita superar as dificuldades que enfrentam, precisam de saber que existem soluções para os seus problemas".


outra notícia:
"Menos pílulas, mais lucros

A venda de pílulas do dia seguinte diminuiu, mas as farmácias e parafarmácias tiveram mais lucros, porque o medicamento mais vendido foi o mais caro do mercado, de acordo com dados da consultora IMS Health.

Apesar de uma redução de mais de seis mil embalagens, os vendedores tiveram mais 84.500 euros de lucro quando comparado com o ano anterior: em 2006, a venda do medicamento significou 2.100 mil euros e em 2007 atingiu os 2.184 mil euros.

A agravar esta situação está o facto de o preço do medicamento mais caro dos três disponíveis no mercado ter sofrido um aumento de 10 por cento no ano passado.



"Sempre a mais cara

A agência Lusa foi a oito farmácias e uma para-farmácia e apenas numa farmácia o responsável técnico vendeu uma das marcas mais baratas, em todos os outros estabelecimentos foi dado ao consumidor a pílula mais cara.

O estudo realizado pela IMS Health aponta ainda para uma redução de vendas a partir de Julho, altura em que passou a ser possivel realizar em Portugal uma interrupção voluntária da gravidez. A agência Lusa contactou a Ordem dos Farmacêuticos, mas não obteve qualquer resposta."

Decidi copiar estas duas notícias para que não restassem duvidas quanto á verdade publicada. Desculpem lá, mas não consegui copiar de outra maneira, porque isto de computadores e internet é ligeiramente dessconhecido ainda por mim.

Uma palavra também para o João por devolver a chama crítica que vinha faltando ao blog, apesar do conteúdo do texto dele.

Abraço

D. disse...

eu também vim de ciências e sinceramente, não me parece que seja unânime considerar a concepção como o início da vida. até porque analisando as várias fases de desenvolvimento embrionário, cedo se percebe que demora algum tempo até ao feto se parecer com um ser humano e mais ainda a ganhar características humanas. aliás, em ciência nada é definitivo, existem sempre várias correntes de pensamento. cada um escolhe aquela que acha que está mais correcta.
sinceramente, nem acredito que se continua a discutir este assunto, é que nesta altura do campeonato os defensores do "não" já se deveriam ter retirado ao silêncio e percebido que quem votou "Sim" ajudou a salvar a vida de muitas mulheres...

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

a questão do começo da humanidade não está relegada para o campo da Ciência. sempre deu mau resultado quando se tentou fazer isso, logo parece-me que é uma forma errada, tanto por parte do Sim e do Não, argumentarem sobre esse prisma. logo, os que vieram de Ciências e dão as suas opiniões fundamentadas nesses casos, e em estudos da "última ciência", por muito que se tenham em pesquisa do estado embrionário, sabem tanto do ser humano enquanto humano como alguém que tenha vindo de desporto (sem ofender os desportistas). enfim, já me pronunciei sobre a matéria num post, vim só adicionar esta adenda por causa do tema discutido aqui na caixa de comentários =)
abraço