Olá a todos
Hoje escrevo sobre política, mas no meu texto de hoje prometo não usar termos como fascistas, americanismos, discriminação, racismo, todos estes termos em que geralmente discordam de mim.
Se lerem a ediçãode hoje do publico vão encontrar umas declarações do professor Marcelo Rebelo de Sousa, em que ele afirma que o PSD tem que se virar para o elitorado de centro-esquerda, procurando-o atrair a si nomeadamente através das políticas económicas e sociais.
Ainda hoje falei disto com o noronha, que não havia mais nem esquerda nem direita, que os partidos hoje se viram para as necessidades das pessoas e acabam por ter uma politica para a saude que pode fugir da sua base ideológica, e quem diz saude diz educação, justiça, economia, defesa, tudo. Noronha, É certo que não deixa de existir esquerda ou direita, mas ao nível partidário já não faz sentido falar em partidos de esquerda ou de direita. Os partidos são hoje maquinas que procuram de todas as formas e com todas as promessas possíveis atrair a si o eleitorado. É esta a minha opinião.
Só uma nota mais. A edição online tem em baixo caixas de comentários. Como eu sou estranho, costumo lê-los. Num desses comentários escreve-se que o PSd tem de ter Marcelo para ganhar as proximas eleições. Se assim não for, qualquer outro perderá. De facto, Marcelo parece hoje ser o único capaz de derrotar Sócrates. Só para pensarmos nisto.
Abraço
Alguém sabe dos meus óculos de sol?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
Pedro,
Eu pessoalmente discordo de ti quando usas esses termos à toa. Contigo e com qualquer pessoa. Ainda ontem tentei perceber "in loco" porquê que consideravas a discriminação que é feita aos dadores de sangue como uma prática fascista e, corrije-me se estiver errado, nem tu conseguiste dar uma resposta cabal. Porque, de facto, no meu entender, juntaste alhos com bugalhos. E por vezes, exactamente por usarmos a torto e a direito certos termos ou expressões, eles banalizam-se e perdem o seu sentido. E isso é perigoso, penso.
Quanto à esquerda/direita, sem dúvida que assistimos hoje, no plano partidário - com algumas excepções - a um esvaziamento ideológico. Total. A maquinização de que falas é um facto! O que eu frisei foi que, não obstante esse esvaziamento no plano partidário, no plano abstracto, a dicotomia esquerda/direita continua válida. Felizmente! Se assim não fosse, hoje estaríamos todos comodamente instalados nesse sofá universal chamado "centrão". Mais, se assim não fosse, não teríamos as tertúlias inflamadas e apaixonantes que temos nos nossos jantares. :)
Há(verá) sempre discussão!
Um abraço
Ah, os teus óculos ficaram com o Henrique. :)
E concordei cotigo que a dicotomia direita esquerda ainda é valida no plano ideológico, mas se nos cingirmos apenas ao plano ideológicoe não entrarmos no nível partidário. Acho que aqui estamos de acordo. Nem sempre discordamos!!!
E que tertúlias!
Abraço
sinceramente, quando ouvi a entrevista de Luís Filipe Menezes na rtp1 fiquei bem impressionado.
mais uma vez, não fosse excessivo o peso do chefe de executivo no papel político português, acho que daria um bom primeiro-ministro.
de certa forma, é totalmente uma escolha mais inteligente que José Sócrates.
isto no seguimento de que só o professor Marcelo seria capaz de sr uma boa oposição ao actual governo. é verdade, mas somente devido à sua notoriedade. a meu ver, um chefe de executivo deve ser alguém menos carismático na arena política, e mais pragmático. enfim, mas isto já não é política, é ser politólogo :P
Manel, foi nessa entrevista que ele disse que queria acabar com o tribunal constitucional?
da última vez que os vi, eles estavam a passar de táxi em Cuba... muahahaa
A nível partidário, essa diferença é pouca. A nível centro é mirrada. Ao menos (e não que nos sirva de muito) a ideológica persiste.
No entanto, não acho que o Marcelo tenha estofo suficiente para isso. E espero que não, ele fica bonito a apresentar livros.
Enviar um comentário