"Para opiniões diversificadas sobre o assunto do referendo, ver isto, isto e isto.
A questão do referendo passa por, na opinião do governo, de uma "ética de responsabilidade", de forma a não transformar a decisão de um possível referendo num factor positivo para o executivo.
A verdade é que, tentando responder aos meus colegas, um referendo sobre a questão do Tratado levaria muito provavelmente a uma resposta negativa por parte da população, não devido ao conteúdo do Tratado, mas antes como forma de protesto à acção do Governo de Sócrates.
O meu medo é que os defensores do referendo actuem como defensores do "Não" ao Tratado, o que é o mais provável. A complexidade de informações contidas no Tratado não é passível de ser analisado pelo cidadão comum. Não, não estou a chamar o povo de "burro", estou a tomar a posição de Vital Moreira, que defende que um referendo sobre uma questão tão inacessível seria aproveitada pela oposição para lançar a sua campanha contra o governo, e assim arriscar uma questão tão importante como a do referendo para conseguir singrar no panorama nacional.
Eu sou defensor do referendo enquanto direito do cidadão, enquanto mecanismo importantíssimo do Estado, mas é necessário observar que neste contexto um referendo sobre a UE iria incidir, na mentalidade do cidadão comum, na continuidade do actual Governo. E acabaria por servir apenas como um voto de desconfiança e uma desautorização lançados pelo povo Português, ficando o Tratado assim sacrificado aos caprichos políticos.
Por mais que me custe, tenho de observar a posição de Sócrates como uma posição válida e a única adequável, porque todos os que são pelo Tratado sabem que um referendo, numa época de contestação ao actual Executivo, traria consequências, imprevistas pelos eleitores, ao País.
Por muito importante que seja esta decisão, eu creio que a distancia que os portugueses têm da "coisa europeia" e o facto de estarem vulneráveis a manipulações políticas que não olhariam a nada, nem à integridade de um Tratado, para dar um rombo golpe na administração de Sócrates."
directamente direccionado daqui. Duh.
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