quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

"... we fuck everything at the end" (Charlies Wilson)

  • Charlie Wilson's War

Trazendo a 7ª arte ao blog (algo esquecida mas relembrada pelo edukador) penso que é pertinente referir este filme recente, que ainda podem encontrar em qualquer cinema ou "gravador" ao pé de vós.

Juntem a instabilidade política, ao medo apocalíptico de uma guerra com contornos bem reais, juntem as constantes ameaças à paz e aos constantes conflitos que parecem decisivos para o desencadear de uma Guerra Mundial. De um lado a América de outro a URSS, os polícias do mundo contra um dos regimes mais "persistentes" que existiu (esta persistência não tem neste caso valor pejorativo, nem tanto é crítica ao comunismo, isso deixarei para outros posts). A aclamada Guerra Fria é algo da nossa história que mexe com a técnica política e diplomacia como nenhuma outra época, basta recordattem o "telefone vermelho" para evitar conflitos. Mas até que ponto este tecnicismo se traduzia em influências?! Até que ponto EUA e URSS ajudavam definitivamente os países que "lutavam" e viviam sobre a sua "bandeira"? Até que ponto eles lançavam ataques contra 3os?! Seriam de facto "ataques"?

Este filme é uma excelente sátira aos EUA, à forma como eles policiam o mundo e como interveem nos outros países. Engraçado ver a imagem americana de intervir, ajudar, salvar pessoas e depois abandonar esse país a uma recuperação penosa e impossível, pois aos EUA só interessa resolver conflitos e não ajudar pós-estes. Mais propriamente, este filme fala do Afeganistão e da ajuda militar que eles carenciavam para vencer as tropas soviéticas. Também, é mister ter em conta a imagem dos diplomatas e dos congressistas e aí peguemos no nome traduzido em português do próprio filme "Jogos do Poder".

Poderiamos descrever a forma de actuação dos EUA "de início tudo é maravilhoso, depois no fim f**** tudo". Este fim é o já falado abandonar os povos que vegetam na miséria e não conseguem recuperar economicamente e socialmente pós-conflitos.

Vejam e desfrutem deste filme, não é uma obra de arte nem se propõe a tal, mas se gostam desta fase da História da Humanidade então é mesmo imperdível.

Abraço amigos cinéfilos (e mais uma vez dia 31 não se esqueçam de Sweeney Todd de Tim Burton, pois a magia do cinema é algo único - muito lirismo! Mas, ainda bem!)

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