quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

tomei a liberdade de pensar nisto

Se há algo que é produtivo em vésperas de exames, quando se tem insónias, é pensar nos destinos, nas cidades, nos sítios que nos fazem mesmo suspirar e pensar “quando é que eu estarei finalmente ali?”.

E surge um paradoxo: um país consegue de facto ter duas das cidades em que adoraria estar, mas tem ao mesmo tempo a cidade que me causa mais repugna de todas aquelas de que já ouvi falar. Nos Estados Unidos estão Nova Iorque e Los Angeles, a primeira porque consegue ter um certo sabor a Europa e claro, é a cidade de “o sexo e a cidade” (bolas, como sou obcecada), simbolizando de certa forma a emancipação feminina e o cosmopolita entre arranha-céus e táxis infinitos, Los Angeles porque é diferente de tudo aquilo a que estamos habituados. Não é Europa. São ruas largas, as costas da Califórnia que lembram guitarras ao fim da tarde, rodas de amigos, poemas escritos em pequenos blocos. No oposto, Miami, que é provavelmente das cidades com maior concentração de plásticas por metro quadrado, excessivamente ligada ao capitalismo, ao fútil, ao exagero profundo do culto da imagem estandardizada.

Na Europa, Moscovo sem sombra de dúvida. A cidade dos pequenos castelos encantados feitos de cores que enchem a vista. Amesterdão, com a liberdade inteira aos pés, novas experiências, experiências antigas com novas tonalidades. Itália. Por muitas fotos que veja de cada uma das cidades italianas, não consigo definir qual aquela que me suscita mais interesse. Atenas, porque tem uma carga histórica enorme. Tal como o Egipto, que consegue conjugar praias de água transparente com algumas das mais fantásticas construções que os seres humanos alguma vez fizeram.

E outra vez do outro lado do Atlântico, Havana. Embora nunca possa ser a mesma depois de Fidel e não creio que a consiga visitar antes de Fidel sucumbir à idade.

E é curioso notar que as pessoas têm ideias totalmente diferentes daqueles que seriam os seus destinos de férias. E agora que as férias estão à porta, não sabe bem pensar quais aqueles lugares que nos despertam mesmo curiosidade?

2 comentários:

Nelson Rocha disse...

Nova Zelândia (aquelas paisagens do Senhor dos Aneís).

Termópilas, quero ver o monumento em Honra de Leonidas (não por causa do filme, nem da BD, mas sim do livro POrtas de fogo de Steven Pressfield)- o pequeno monumento diz "Estranho que passas vai dizer aos Espartanos que aqui jazemos em obediência às suas leis."

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

só para o shara:
Molón Labe!